terça-feira, 2 de novembro de 2010

O que aí vem…

      Projeto vencedor do concurso
 
“Escolas” na Guiné-Bissau ganharam projectos magníficos. Falta materializar!

Fonte: PINI.web.com.br

Os arquitetos Bruno Giugliani, Cintia Gusson Etges e Karen Bammann, de Porto Alegre, venceram o concurso de arquitetura Uma Escola Para Guiné-Bissau, realizado pelo IAB-DF (Instituto de Arquitetos do Brasil, departamento Distrito Federal).
 Lugar
Autores: Bruno Giugliani, Cintia Gusson Etges e Karen Bammann
Colaboradores: Pablo Montero Merino
Cidade: Porto Alegre
As salas de aula se valem de ventilação cruzada para manter o contorno interno. Possuem uma pequena arquibancada em forma de círculo, escavada no solo, possibilitando uma série de usos distintos

Ao sul estão a cantina e os sanitários, compartilhando as únicas instalações do complexo. Possuem água encanada e rede de esgoto conectada a um sistema biológico de tratamento de resíduos, localizado na parte de fora. Sobre a mesma cobertura, estão as oficinas, separadas por divisórias em tecidos típicos, que poderão ser recolhidos para a ampliação da área.

As edificações foram posicionadas sobre uma plataforma, que não só as protege de alagamento, mas confere um caráter destacado ao programa.

2º Lugar
Studio Paralelo
Autores: Luciano Rocha de Andrades, Rochelle Rizzoto Castro, Silvio Lagranha Machado
Colaboradores: Matías Carballal, Andrés Gobba, Mauricio López Franco, Emiliano Etchegaray, Santiago Saettone, Martín Pronzuk, Gabriel Giambastiani, Diogo Valls
Cidade: Porto Alegre
 
O projeto define um volume em que se inserem todos os espaços interiores, intermediários e exteriores, "contribuindo para a definição da materialidade e habilidades de origem local", segundo a ata de julgamento do concurso

3º lugar
Arquea Arquitetos
Autores: Bernardo Richter, Fernando Caldeira de Lacerda, Pedro Amin Tavares
Colaboradores: Lillian Litenski Barbosa
Cidade: Curitiba – PR
Projeto tem sequência de espaços cobertos fechados e possibilidades de integração entre eles. Na imagem, passarela para circulação, pátio descoberto e oficinas

 Menções honrosas (a partir do mais pontuado) 
 
Autora: Mirelle Papaleo Koelzer
Colaboradores: Adriano Soares de Assis Filho, Vitor de Luca Zanatta
Cidade: Florianópolis 
Edifícios se comportam como peças que, elevadas do terreno alagadiço, diminuem o impacto da implantação e protegem a edificação da humidade

Autores: Bruno Salvador, Carlos Augusto Ferrata, Cesar Shundi Iwamizu, Eduardo  Pereira Gurian
Colaboradores: Francesco Perrotta Bosch e Vito Macchione
Cidade: São Paulo
Pátio que ordena os ambientes da escola é ressaltado pela construção das paredes de adobe e das estruturas de madeira

Autores: Cassio de Lucena Carvalho, Edmar Ferreira Junior e Vinícius Martins Ávila
Colaborador: Marlon dos Santos
Cidade: Ipatinga (MG)
Edificações geram vazios intersticiais que se configuram como espaços de convivência e de encontro, além de qualificadores dos espaços cobertos
 
Autora: Liege Maria Abbehusen Couto
Colaboradores: Federico Calabrese, Alessandra Faraone, Valeria Merola, Mila Leite Nascimento
Cidade: Salvador 
Projeto cria espaços diversificados abertos e cobertos, o que contribui para potencializar as relações sociais entre alunos e professores

Autor: Yuri Vital
Colaboradores: Gustavo Duarte, Daniel Bras de Medeiros e Tatiana Diana
Cidade: São Paulo 
Volume é definido pela estrutura externa leve. Espaços são isolados termicamente por muros em tijolos de solo-cimento

Autores: André Yamguishi Ciampi, Leonardo Daguano, Luis Claudio Marques Dias, Marcelo Mangeti e Sérgio Salles
Colaboradores: Gabriel Bollini Braga e Raphael Chiste Souza
Cidade: São Paulo
Segundo os autores, a escola aberta acolhe a aproximação espontânea, a praça de acesso reorienta o fluxo diagonal das trilhas e apresenta os elementos motivadores do projeto B Arquitetos

Autores: Maira Rios, Felipe Noto e Paulo Emilio Ferreira
Colaboradores: Mirela Caetano e Carlos Augusto Gomide
Cidade: São Paulo
O espaço destinado à construção é elevado, para proteger a escola das inundações. Configura uma grande varanda dividida por painéis leves compostos de madeira, que possibilitam diferentes composições de salas

Autora: Letícia Pezzin Fiebig
Colaboradores: Federico Senociain Sabini e Sebastián Rial Rigo
Cidade: Erechim - RS
Núcleo central contém os espaços que albergam as atividades principais


Opinião

Talvez influenciado por este arrebatamento provocado por estas imagens, imaginei. Imaginei, ver construídas todas estas oito(8) escolas espalhadas pelas oito(8) regiões que compõem à Guiné-Bissau. Contudo como se pode ler no artigo publicado no site: www.piniweb.com.br, só uma dessas escolas está projetada, para ser construída no nosso país!

Contudo, até agora nada contraria se, aproveitando esses projectos já existentes, o governo guineense, realiza-se todas essas obras, lá mais para frente no aceitável das suas funções. A minha desconfiança de que todos os trabalhos merecem a devida atenção, leva-me a crer que basta uma vontade com sustentos nacionais e políticas fortes, e sendo a Educação uma área central, em qualquer país que se preze, é possível sim realizar estas obras.

Afinal o investimento da obra está estimado em US$ 100 mil cerca de €72 mil, equivalente a um apartamento T2 em Lisboa. O concurso foi vinculado à Parceria Brasil-Unesco para a Promoção da Cooperação Sul-Sul e como parte do projeto "Jovens Lideranças para a multiplicação de boas práticas socioeducativas". Do lado do Brasil, estão envolvidos o Instituto Elos, a Fundação Gol de Letra e o MEC. Por parte do país parceiro estão envolvidos o Ministério da Educação de Guiné Bissau e a Associação Amizade (ONG).

Se este projeto for realizado, no futuro, à Guiné-Bissau vai ganhar. Os seus filhos idem. E a nossa sociedade ibidem. Nós todos saímos a ganhar. 

Mas na Guiné-Bissau, e entre os guineenses, infelizmente, as atenções se prendem mais pelas questões relacionados com “as sombras do combatente” e a entranhada mentalidade de Guerra! Aceita-se melhor divulgar, discutir e conspirar sobre quedas de governos e os seus malefícios, pois os tempos não prometem “diálogo” antes a mesma brutal intervenção de queda e guerras, do que com projetos e ideias construtivas!

Vamos saber hoje, como correu a reunião de ontem do Conselho de Paz e Segurança da UA sobre a Guiné-Bissau em Addis Abeba (Etiópia). De que assunto trataram e que decisões tomaram? E também hoje, provavelmente saber-se-á quando regressa o PR Malam Bacai Sanha. Por isso não mudo a minha aversão a forma e modelo utilizado, e que foi instruída e introduzida, para as disputas políticas na Guiné-Bissau! E o que aí vem, para além de chumbo grosso? E nós todos saímos a perder!